O QUE FAZER COM O MEU PROBLEMA?

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Quando a vida diária é afetada pelas dificuldades e torna-se cada vez mais difícil sustentá-la, a tendência da maioria das pessoas é culpar e lamentar as circunstâncias em que está vivendo.

Naturalmente, para cada pessoa, o seu problema é mais difícil do que o de outros.

Alguns chegam a perguntar que tipo de oração deve fazer para resolver um determinado problema por achar que ele difere de qualquer outro. Na verdade, não existe oração própria para cada tipo de dificuldade. Embora os problemas sejam diversos, o princípio de como produzir a solução é o mesmo para todas as situações. O que difere é a forma como os problemas se manifestam na vida diária, o que é chamado de efeito. E se há um efeito, certamente há uma causa. Este é o princípio universal que se aplica a todos os casos, sejam de doença, desarmonia, desemprego, falta de dinheiro etc.
Muitos querem saber que causas possuem para passar por tantos sofrimentos. Entretanto, uma simples análise da situação da vida diária basta para saber a profundidade das causas. Os sofrimentos revelam por si mesmos a natureza das causas.
O princípio da causa e efeito ensinado no budismo não se aplica apenas ao passado, mas principalmente ao futuro.

Visto que a vida presente é o resultado das ações no passado, o futuro será, da mesma forma, o fruto da vida presente. 

Quando se fala no passado, não se refere exclusivamente às existências passadas, mas a todas as ações realizadas até agora pela nossa mente, nossa boca e nosso corpo.
Portanto, uma vez que não podemos voltar para o passado e corrigir os nossos erros, resta-nos apenas um único caminho para reverter a situação da vida presente: criar nova consciência dessa realidade da vida e acumular causas positivas no presente em direção ao futuro. 

Perceber esse caminho conscientemente é ser um buda e ficar buscando outros meios é permanecer na condição de simples mortal comum.
O caminho mais eficaz para transformar as circunstâncias que afligem a vida diária inicia com a transformação interior de cada um, isto é, com a revelação do potencial de buda através da prática séria e diária do Gongyo e do Daimoku.

COMO TRANSFORMAR O MEU CARMA

Na escritura “A Transformação do Carma Determinado” consta o seguinte trecho:
“As doenças podem ser classificadas basicamente em dois tipos: leves e graves. Desde que o tratamento feito a tempo por um hábil médico pode trazer a recuperação mesmo para um caso de doença grave, certamente é possível curar as doenças leves. De maneira semelhante, o carma pode ser dividido em duas categorias: determinado e indeterminado. Devido ao fato de que até mesmo o carma determinado pode ser erradicado por meio da absoluta consciência de 'para que estou evidenciando isto' (ganken-ogo), é desnecessário dizer que o carma indeterminado pode também ser totalmente transformado.” (END, vol. I, pág. 215.)

Essa escritura foi enviada por Nitiren Daishonin à esposa de Toki Jonin, que se encontrava enferma.
Por esta razão, Daishonin cita os dois tipos de doenças, leve e grave, fazendo em seguida uma analogia com o carma determinado (grave) e indeterminado (leve).
Se uma doença grave pode ser curada por um excelente médico, não será difícil resolver os casos mais leves. Da mesma forma, se um carma grave (determinado) pode ser transformado por meio da "completa consciência do 'para que estou evidenciando isto' (ganken-ogo) , será muito mais fácil resolver os efeitos do carma leve (indeterminado). 
A questão principal é o “arrependimento”, que quer dizer “meditar sobre a verdade da vida”
No Budismo de Nitiren Daishonin esse ato representa “sentar-se diante do Gohonzon e recitar o Nam-myoho-rengue-kyo”.
BS Edição 1508, 15/05/1999 , pág. A2 / Editorial


























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